11 abril 2015

Resenha - Reboot

"Os números mais baixos quase sempre choravam. O 45 provavelmente teria chorado. Ele só ficou morto por 45 minutos antes de ressuscitar. Quanto menos tempo se ficasse morto antes de voltar como um reboot mais humanidade ficava retida. Eu fiquei morta por 178 minutos. Não chorei." - Reboot

Título Original: Reboot (Reboot #1)
Título Nacional: Reboot
Autor(a): Amy Tintera
Ano de Lançamento: 2015
Número de Páginas: 352 
Editora: Galera Record
Gênero: Distopia, Ficção
Sinopse: "Quando grande parte da população do Texas foi dizimada por um vírus, os seres humanos começaram a retornar da morte. Os Reboots eram mais fortes, mais rápidos e quase invencíveis. E esse foi o destino de Wren Connolly, conhecida como 178, a Reboot mais implacável da CRAH, a Corporação de Repovoamento e Avanço Humano. Como a mais forte, Wren pode escolher quem treinar, e sempre opta pelos Reboots de número mais alto, que têm maior potencial. No entanto, quando a nova leva de novatos chega à CRAH, um simples 22 chama sua atenção, e, a partir do momento que a convivência com o novato faz com que ela comece a questionar a própria vida, a realidade dos reinicializados começa a mudar."

  Em Reboot nos é apresentado um mundo típico distópico, assolado por doenças, pobreza e um vírus bem incomum e muito misterioso. Depois de ser afetado por esse vírus e morrer a pessoa em questão renasce como um Reboot. Os Reboots nada mais são do que, seres mais rápidos, mais fortes, mais resistentes e com menos humanidade. Por causa das suas propriedades o governo usa os Reboots como a nova força de reprovamento e pacificação. Em troca da sobrevivência eles são obrigados a executar tarefas para o governo da várias formas. A história se desenrola quando Wren a Reboot mais forte da CRAH conheçe um novato de número 22 e a partir daí a história toma um rumo eletrizante e muito bom.

  Vocês podem perceber que os números estão presente, quase sempre, quando nos referimos ao livro. Isso diz respeito a mitologia incrível e original criada pela autora. Quanto mais tempo morto, mais forte você renasce. Esses números são gravados na pele de cada Reboot, como um código de barras e nossa protagonista possuí o maior número já visto, 178. Destemida, forte e muito inteligente Wren é uma personagem adorável e que mostra mais uma vez a força feminina nas histórias contemporâneas. Já Callum apresenta um dos menores números existentes, 22, e seus traços humanos são perceptíveis.

 "Depois que o choque passou e eu concluí o treinamento, percebi que estava muito melhor como Reboot do que jamais estivera como humana." - Pág. 19


 Narrado em primeira pessoa, somos apresentados ao ponto de vista de Wren. A linguagem usada por Amy Tintera nesse livro é excepcional, essa é uma obra de leitura rápida e muito gostosa, uma vez que as palavras são bem simples e de fácil entendimento. Não posso deixar de dizer que a história te prende do começo ao fim (não consegui largar este livro enquanto não acabei). Eu não brinquei quando disse que o ritmo era eletrizante, a escrita é muito ágil e prazerosa.

  A autora soube estruturar bem toda obra em começo, meio e um fim satisfatório e que deixa um gancho para o próximo livro. O balanceamento entre ação e romance é muito bom, e são dois aspectos bem positivos do livro. O romance é bem leve e bonito e as cenas de ação, presentes do incio ao fim são de tirar o fôlego.

"Eu não deveria ter ficado surpresa - Reboots eram propriedades, não pessoas -, mas senti a raiva apertando no peito mesmo assim." - Pág. 60

  Os personagens são muito muito bem construídos e estruturados. A dupla principal tem personalidades fortes e seguem suas convicções, mas isso tudo está prestes a ser abalado quando segredos sobre a corporação CRAH (Corporação de Repovoamente e Avanço Humano) são descobertos. Reviravoltas nesse livro são bem usadas e cada vez te deixam com aquela vontade de querer ler um pouco mais.


  A autora não explorou tanto o universo criado e acredito que por ser o primeiro livro de uma série/trilogia, esse ponto pode ser suprido nos próximos volumes. Fiquei muito curioso com algumas questões que foram abertas, mas ainda não tiveram respostas. A mitologia, como dito antes, é muito boa e merece ser bem explorada, Amy Tintera tem um mundo incrível em suas mãos.

  Um dos pontos que mais me deixou animado no livro foi a forte crítica social que compõe as páginas, é realmente bem explicita e muito boa. O descompasso entre pobreza e riqueza, a hierarquia dos Reboots, o controle de uma corporação sobre eles e como a 178 começa a descobrir alguns mistérios sobre o tratamento da sua raça é realmente muito fascinante. Se prepare para ter fortes sensações com esse livro, uma vez que a narrativa em primeira pessoa te deixa bem próximo(a) de Wren.



  Com um desenvolvimento exímio e um crescimento dos personagens a autora consegue nos prender de uma maneira muito forte e nos faz amar os protagonistas desse livro que fazem parte de uma mitologia muito original e brilhante, não poderia dar menos do que 5 estrelas para esse obra que já me conquistou. O segundo volume da série/trilogia já tem capa definida nos EUA (muito bonita, por sinal)e um título por lá. Estou muito ansioso para poder conferir e espero que a Galera Record traga em breve para nós leitores a continuação de Reboot.

Você pode acessar o site da editora Galera Record clicando AQUI.
Você pode acessar o Facebook da editora Galera Record clicando AQUI.

20 comentários:

  1. Ei Carlos!
    Cara, Sérgio levantou quase os mesmo pontos que você na resenha dele, e o que dizer? EU PRECISO LER. Ganhei da minha tia no aniversario, e já conto os instantes para a leitura. Infelizmente, porém, ainda não tive oportunidade porque estou dando chance aos mais antigos, mas logo irei correr pra ele. Distopia é minha praia sem duvidas. E essa capa <3 Gente só essa frasezinha na capa já me cativou. Além disso, fiquei morrendo de curiosidade de conhecer a narrativa da Tinteira :3 e a construção de seus personagens. Que seja logo.

    Abraços
    David Andrade
    http://www.olimpicoliterario.com/

    ResponderExcluir
  2. Olá!
    Gostei do título do livro, beeemmm diferente! O enredo parece um pouco óbvio, mesmo assim gostaria de conhecer mais a obra. Como é uma trilogia, esperarei para ter todos os livros.
    http://www.poesianaalma.com.br/

    ResponderExcluir
  3. Oieee, tudo bem? Eu estava prometendo a mim mesmo dar um tempo nas distopias mas depois dessa resenha isso é impossível; Que livro é esse??? Fiquei impressionado durante a leitura da resenha, com certeza este livro é o máximo, quando um livro chama minha atenção desta forma eu tenho que ler o mais rápido possível, tenho certeza que irei adorar o mesmo assim como os protagonistas. A autora não explorou muito este mundo com certeza para deixar para os próximos livros, estas distopias são na maioria desta forma rs. Achei a capa simples mas bem interessante, vou colocar na minha lista de desejados rs, Abraços e obrigado pela dica.

    ResponderExcluir
  4. Olá, tudo bem?

    Quando a GR me mandou esse livro eu surtei e acabei lendo em algumas horas. Achei a premissa muito original e a maneira como a autora trabalhou a mitologia do zumbi de uma forma repaginada foi um super ponto a favor. Não acho que ela vá explorar muito o mundo em si, pois o objetivo dela foi os personagens e não os cenários, tanto que ela não criou um mundo novo, apenas disse que estava em um cenário apocalíptico. A capa do segundo livro realmente é muito bonita. Adorei que a capa nacional tenha o 178 em forma de código de barra para representar a Wren.

    Abraços,
    Matheus Braga
    Vida de Leitor - http://vidadeleitor.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  5. Eu já li muitas coisas sobre esse livro e todo mundo tem elogiado bastante, mas eu ainda não consegui me decidir. O enredo é muito interessante, diferente do que eu tenho lido, mas ainda não estou convencida de que vai ser o meu tipo de leitura.

    http://laoliphant.com.br/

    ResponderExcluir
  6. Oi Carlos, tudo bem?
    Nossa, adorei sua resenha!!! Eu já conhecia o livro de outros blogs, mas você me fez colocá-lo no topo da minha lista (aliás, preciso criar um outra lista só com esse topo que está enorme, risos..). A capa ficou genial, colocando o código de barras com o número da personagem. Estou muto curiosa para saber que vírus é esse, porque eles já mortos revivem, porque uns demoram a reviver mais do que os outros e porque quanto mais demorar, mas força tem. Quem está por trás disso tudo? Porque eu sei que existe alguém,sempre existe. Amei!!!!!!!!!!
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  7. Oi Carlos, tudo bem?
    Até agora só li críticas positivas em relação a esse livro e além de achar a premissa bem interessante, acho a capa lindíssima.
    Estou bem curiosa em relação a essa história, espero conseguir ler em breve.
    Parabéns pela resenha!

    Bjs, Glaucia.
    www.maisquelivros.com

    ResponderExcluir
  8. esse foi um dos melhores livros que eu li esse ano, e me lembro de ver a chamada do livro nos EUA e ficar louca pq estou virando mt fã de distopias.
    quando soube que viria para o brasil eu surtei e com certeza não me arrependi da leitura.
    realmente é um livro muito recomendado.
    Seguindo o Coelho Branco

    ResponderExcluir
  9. Pena que a autora não explorou tanto o universo criado, mas acho mesmo que por se tratar de uma trilogia ela deve estar guardando um pouco para depois... rs... mas a mitologia parece mesmo muito legal, e gostei de saber sobre o ótimo desenvolvimento do enredo e sobre o crescimento das personagens. Essa será uma das minhas próximas leituras.

    Ju
    Entre Palcos e Livros

    ResponderExcluir
  10. Olá... tudo bem??

    Vai ser uma trilogia, li outra resenha que disse que seria Duologia será que eu me enganei... bom se for trilogia eu prefiro... rs... bom eu estou louca para ler esse livro... a história distópica parece-me bem original... e quero muito conhecer essa protagonista forte e destemida... preciso desse livro... Xero!!

    ResponderExcluir
  11. Eu preciso desse livrooooooooooo.
    Esse lance de não explorar bem o mundo é tão comum em livros distópicos que nem esquento mais rs. Eles normalmente escolhem um livro para explorar a parte mais politica do livro e fim, fiquem contentes. Mas adorei saber sobre o amadurecimento da protagonista.
    Nem posso pensar nisso, mas a cada resenha positiva, penso em pegar para ler haha


    Beijiinhos ;*
    Andressa - Blog Mais que Livros

    ResponderExcluir
  12. OI,
    este livro está na minha lista, e vou acabar passando ele na frente de todos. Também, com tanto elogios a história chega a ser impossível não sentir-se tentada né. rs
    Mas gostei muito deste mundo novo, com personagens diferentes, alem do enredo e a trama que são bastante corriqueiros que mostra ação e mistério, o que uma distopia de melhor oferece.
    O ruim de serie e trilogia, que eles, os autores, nunca colocam tudo duma vez, vai adicionando aos poucos para deixar os leitores mais curiosos, mas o que seriamos de nós sem isso. rs
    Parabéns pela resenha!

    Beijokas Ana Zuky
    SA Revista

    ResponderExcluir
  13. Oii, tudo bem?
    Eu estou de olho nesse livro desde quando foi anunciado a sinopse, eu amo distopias então já me encantei com o livro logo de cara, e estou vendo sempre resenha novas e maioria super positivas, então é claro que o livro já está na minha lista de desejados.

    www.fonte-da-leitura.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  14. Oi Carlos, tudo bem? Gostei bastante da sua resenha e estou ficando com bastante vontade de ler esse livro, já que adoro distopia. Deve ser meio tenso os humanos voltarem da morte, e acho interessante a parte dos números. A Wren e o Callum parecem ser personagens bem desenvolvidos e estou bem curiosa para saber mais sobre esse mundo e as coisas que a Wren irá descobrir sobre a CRAH.

    Beijinhos,

    Rafaella Lima // Vamos Falar de Livros?

    ResponderExcluir
  15. ANdo acompanhando as resenhas desse livro, de inicio eu achei interessante, mas depois que pensei melhor, nao sei, me parece mais do mesmo, sabe? A ideia do reboot é boa, o do tempo como fator para humanização do personagem e tal... Mas depois disso, parece tao igual a tantas coisas! Não sei também, acho que vou aguardar os prximos livros aqui no Brasil, e as proximas resenhas, para ver se vale a pena investir na leitura =]

    ResponderExcluir
  16. Oi, Carlos!
    Eu só vejo elogios sobre esse livro. E fico tão feliz, ele está na minha lista de desejados desde o lançamento, e saber através das resenhas que não vou me decepcionar, só me deixa ainda mais ansiosa pra ler. To bem curiosa sobre esse mundo criado pela autora. Geralmente questões em aberto são comuns em séries, né. Ainda mais no primeiro livro.

    Beijinhos!
    Jaque - Meus Livros, Meu Mundo.

    ResponderExcluir
  17. Oi Carlos.
    Eu sou fã de distopia, não dispenso nenhuma.
    Tô com Reboot aqui desde que foi lançado, mas não consegui encaixar a leitura.
    E conferindo sua avaliação só fiquei mais curiosa pelo enredo, achei essa proposta distópica bem diferente e adoro essas críticas bem elaboradas e desenvolvidas.

    Beijos.
    Leituras da Paty

    ResponderExcluir
  18. Oiee.

    Não conhecia essa obra e confesso que apenas por ser distopia já quero ler.
    Sua resenha está maravilhosa e me apresentou uma trama bem diferente das que lemos sempre.

    Beijos
    http://www.amorliterario.com

    ResponderExcluir
  19. Oieee, Carlos, por mais que vc tenha gostado estou um pouco cansada de distopias ultimamente, haha, então não acho que o livro vai entrar para minha lista muito em breve
    www.muchdreamer.blogspot.com

    ResponderExcluir
  20. Oie, tudo bom?
    Esse livro tem aquele tipo de história que faz com que você compre o livro só pelas indicações. A trama é muito instigante e o fato de ter uma crítica social me deixa ainda mais curiosa. Gostei de saber que a autora soube balancear a ação com o romance. Além disso, é bom saber que ela tem uma escrita ágil.
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir