Resenha - O Jogo Infinito

"O mundo é virtual. Mas o perigo é real"

Título Original: The Eye of Minds
Título Nacional: O Jogo Infinito
Ano de Lançamento: 2014
Número de Páginas: 300
Editora:V&R
Autor: James Dashner
Sinopse: Michael é um gamer. E como a maioria dos jogadores, ele passa quase mais tempo no VirtNet do que no mundo real. O VirtNet oferece total imersão do corpo e da mente, e é viciante. Graças à tecnologia, qualquer pessoa com dinheiro suficiente pode experimentar mundos de fantasia, arriscar sua vida sem a chance de morte, ou apenas ficar com os virt-amigos. E quanto mais habilidades de hacker você tem, mais divertido. Por que se preocupar seguindo as regras quando a maioria delas são idiotas, afinal? Mas algumas regras foram feitas por uma razão. É muito perigoso brincar com algumas tecnologias. E relatórios recentes afirmam que um jogador vai para além do que qualquer jogador fez antes: ele está segurando jogadores reféns dentro do VirtNet. Os efeitos são terríveis, os reféns foram todos declarados com morte cerebral. No entanto, os motivos do gamer são um mistério. O governo sabe que para pegar um hacker, você precisa de um hacker. E eles foram assistir Michael. Eles querem ele em sua equipe. Mas o risco é enorme. Se ele aceitar o seu desafio, Michael terá que ir fora da grade VirtNet. Há becos e esquinas no sistema que olhos humanos nunca viram e predadores que ele não pode nem mesmo imaginar - e há a possibilidade de que a linha entre jogo e realidade será borrada para sempre.

  O Jogo Infinito conta a história de Michael um garoto rico e com uma família bem ausente. Michael vive em um mundo futurístico onde existe um ambiante virtual chamado VirtNet. Esse ambiente permite as pessoas, por meio de imersão total, criarem avatares e se aventurarem em diferentes tipos de jogos, com variados temas. A história se inicia quando um jogador começa a prender outros jogadores dentro de um game especifico. Os players que ficam presos dentro do jogo são encontrados mortos e a causa é sempre morte cerebral. A segurança da VirtNet concluí que isso só pode ser trabalho de um hacker. Michael um exímio jogador e também hacker (conhecido por quebrar vários códigos complicados do jogo) é abordado pelo governo para descobrir quem é o jogador por trás dos assassinatos.

  Depois de toda repercussão que Maze Runner trouxe ao mundo literário, James Dashner era um autor que me chamava muita atenção pelo tema dos livros escritos e claro, por tantos elogios recebidos. O Jogo Infinito foi o primeiro livro do autor e as minhas expectativas estavam bem altas e foram todas superadas. A escrita dele é bem peculiar e de uma certa forma muito fluida.

  A narrativa do livro é em terceira pessoa e somos logo apresentados a Michael, o personagem principal. Apesar de ser em terceira pessoa, o livro não é muito descritivo e foca na história e nos acontecimentos que a geram. Digamos que o Dashner optou por não enrolar em nada. As palavras são bem simples, o entendimento é fácil e a história é surpreendente.

  Com um desenvolvimento de tirar o fôlego o livro te prende a cada página, e eu não minto quando digo que mesmo nas horas em que eu não podia ler, não parava de pensar na trama. A leitura flui muito bem e é bem rápida. O livro é bem balanceado e todas as partes tem o tempo necessário para serem excelentes. A história é eletrizante e a partir do momento que é engatada, não para mais. A cada página um novo desafio, a cada página uma surpresa.

  Os personagens principais não são muito desenvolvidos ou seja eles são são muito explorados, a história é bem rápida e esse pode ser um fator que desencadeou isso. Porém não muda o fato de que o livro é incrível. Por ser o primeiro da série A Doutrina da Morte, acredito que o Dashner pode ainda desenvolver mais a personalidade dos personagens e usar esse recurso como uma forma de incrementar a história.

  A trama conta com alguns termos cibernéticos e como eu gosto muito dessa área o meu fascínio só aumentou. O tema em geral me interessa muito e o mundo, assim como a mitologia criada pelo autor são incríveis e muito interessante. As aventuras que os personagens precisam enfrentar são bem intensas e muito bem escritas de forma a deixar o leitor cada vez mais angustiado para saber como será o desfecho da trama. 

  E por falar em desfecho só posso parabenizar o autor pelo melhor desfecho do ano de 2014, eu simplesmente não consigo acreditar até este momento em como o livro acabou. O autor teve uma ideia genial e toda vez que lembro de O Jogo Infinito o final me volta a mente e eu continuo a pensar. Sim, o final me fez pensar muito, fiquei quase uma semana pensando incessantemente e ainda não superei. James Dashner encerrou o primeiro livro dessa série com o melhor Cliffhanger que eu já li.

  Depois de tanto elogiar a nota não poderia ser diferente. O Jogo Infinito leva 5 estrelas, por ser um livro altamente surpreendente, bem leve e de leitura rápida. Com um desenvolvimento bem escrito e uma trama incrível. James Dashner conseguiu me prender a cada página do livro e terminou a história de uma forma arrebatadora. Estou muito ansioso pela publicação do segundo livro da série The Rule Of Thoughts (A Regra dos Pensamentos em tradução livre) que ainda não tem titulo nem data prevista de lançamento no Brasil.